Diferente da personalidade mais comum de pessoas trans na mídia, Maria Luiza é recatada, tímida e observadora. Formal em sua aparência e no trato. Católica, assídua frequentadora da missa. É fã de automobilismo e cuida de seu carro como cuidava dos aviões da FAB (Força Aérea Brasileira).

O filme aborda seus conflitos, desilusões e conquistas e investiga:

• Qual a diferença na sua capacidade profissional antes e depois da transição?

• O que a tornaria incapaz para o serviço militar?

• Que riscos sua permanência na FAB traria?

• De que forma a decisão militar de retirá-la da ativa é consequência da sociedade?

Arquivos da personagem norteiam a imersão em sua subjetividade, com seus desenhos, pinturas e fotos. Os meios militar, transexual e jurídico são parte da história a partir de registros observacionais, encontros e uso de material de arquivo.

A obra apresenta denúncia de violação de direitos humanos com o caso de Maria Luiza e convida à reflexão sobre a liberdade de sermos quem somos.